Uma análise pessoal sobre várias questões filosóficas me conduziram a uma reflexão sobre a condição humana ao longo das eras e culminou na criação da série de trabalhos denominada Evolução Pari Passu em que quatro trabalhos representam a evolução do nosso domínio tecnológico (durante a Pré-história, Antiguidade, Idade Moderna e Idade Contemporânea), comparada com a movimentação dos continentes ao longo dos milhões de anos.
O primeiro quadro representa o início do percurso humano sobre o planeta por meio de pegadas deixadas durante a fase coletora; pinturas rupestres que se referem à fase de caçador; a observação da natureza por meio da observação da forma geométrica elíptica e a concepção primal da existência do Sol e da Lua como parte de seu habitat. Os continentes estão unidos em um supercontinente conhecido como Pangeia.
O segundo quadro representa a ocupação espacial do planeta; a invenção da escrita; o aprendizado da matemática; a associação de fenômenos da natureza com superstições e posterior entendimento lógico deles; o domínio de técnicas agrícolas, arquitetônicas e materiais; o início do domínio da eletrônica. Os continentes estão um pouco afastados entre si.
O terceiro quadro representa o momento atual em que a humanidade se encontra sendo que o domínio tecnológico se correlaciona com o risco de hecatombes ambientais e atômicas. Os continentes são apresentados na posição atual.
O quarto quadro representa um futuro distante em que os continentes estarão unidos novamente em um hipotético supercontinente denominado Novopangeia, Neo Pangeia, Pangeia Próxima ou ainda Pangeia Última, sendo que a maioria dos registros da nossa civilização estará apagada, permanecendo poucas pistas da presença humana representadas pelas silhuetas dos pés e de uma mão.